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Carta a Sidarta Gautama: O Buda.



Carta a Sidarta Gautama: O Buda.
E nos momentos das minhas maiores tribulações, teu calmo semblante sempre me inspirou a reencontrar a paz interior e o equilíbrio. Teu suave silêncio perfumou cada um dos meus momentos, bons e ruins. Você me ensinou que tudo que há neste mundo é impermanente, e a verdadeira sabedoria é buscar a luz que existe em nosso próprio interior. Eis aí a fonte da vida, da serenidade, do amor, de onde brota a inspiração para realizar tudo de grandioso que a alma humana é capaz. E você sempre acreditou na minha capacidade. Na capacidade do ser humano de atingir o estado intocável da iluminação. E você foi a primeiro a percorrer este Caminho. Você foi o grande exemplo vivo do que nós podemos ser e devemos em algum momento nos tornar. Sinto que te segui nas minhas outras vidas e seguirei em tantas outras que eu vier a ter. Esta é minha honra e meu privilégio. Nasci em um lugar do mundo e numa época onde poucos conhecem sobre você, e desde criança sempre fui levado a trilhar outros caminhos. Mas meu coração nunca se aquietou e no momento que tivemos nosso primeiro contato, algo dentro de mim despertou. Desde então passei a procurar por você, a despeito do que os outros pensariam. Quanto mais lia a seu respeito, pesquisava, meditava, admirava suas inúmeras imagens, mais e mais a paz foi tomando conta do meu coração e eu fui encontrando o equilíbrio interior. a sensatez. Procurei ser um ser humano melhor a cada dia. De alguma forma, tentei ser um esteio para aqueles amigos que me procuravam para aliviar suas dores e problemas, tentei ouvi-los, ser compreensivo, ser um bom amigo. Um bom irmão, um bom filho. E de você, tentei ser um bom aluno. Hoje eu sei que isto é tudo um sonho. E sei que doce será o despertar para a outra vida. As setas contra ti arremessadas por seus inimigos se transformaram em flores e pousaram suavemente à tua volta. Este é o dom de transmutar todo o mal em bem. Esta é a alquimia da alma, de transformar um simples ser humano em uma criativa que ascende aos céus e triunfa sobre todo o ego, todo os venenos do corpo, da mente e da alma. Agradeço e reverencio todo o cosmos neste momento, através das minhas humildes, porém sinceras palavras. Que os novos tempos tragam tudo aquilo que nos faz feliz, que nos dá mais sentido à vida. Que todos os olhares de amor sejam correspondidos, que a mão sempre esteja estendida a quem precisa de ajuda, inclusive aos nossos opositores. Que as almas irmãs se encontrem e muito se amem e se doem. Que o perdão traga paz, cura e reconciliação. Que todos reconheçam e cultivem a centelha divina que habita dentro de si, e enxerguem também esta centelha sagrada vibrando em todos os seres viventes. E que seja muito bem vindo, ano de 2016! - João Claudio Gomes de Sousa