"Você pode pegar
qualquer outra concepção de Deus e vai achar impossível criar uma
religião em torno dela. Mas até agora isso tem acontecido! A ficção
de Deus está no centro e, em torno da ficção, todas as outras
ficções foram criadas – do céu e do inferno, do pecado e do
castigo, do arrependimento e do perdão. E todo esse circo não é
nada além da exploração pelos espertos sacerdotes de todas as
religiões. Sim, sem Deus não pode haver sacerdote. Sem Deus não
pode existir o conceito do pecado. Sem Deus não pode haver céu e
inferno. Sem Deus não pode haver templo, sinagoga, igreja. Se você
acha que são essas coisas que fazem uma religião, então é claro
que vai pensar isto: como pode haver uma religião sem Deus? Mas
essas coisas não tem nada a ver com religião. Na verdade, para mim,
elas são impedimentos para a descoberta da religiosidade. E deixe
que este seja outro choque para você: a religião autêntica vai ser
desprovida de Deus – e também desprovida de religião.
Estou lhes
ensinado uma religião sem religião. Você terá de penetrar um
pouco mais fundo nisso porque as palavras parecem contraditórias:
religião sem religião. Quando eu digo religião sem religião,
quero dizer que o padre, a sinagoga, o rabino, o pandit indiano, o
papa, a igreja, aquele que reza, as sagradas escrituras, o espírito
santo e o não santo – todos esses têm de ser descartados, porque
é o que você tem conhecido como sendo religião. As escrituras
sagradas não são nada além de ficção religiosa, assim como há
as ficções científicas. E é belo escrever uma ficção
científica, é uma arte. Essas ficções religiosas não são sequer
artísticas, 90 por cento lixo, porcaria."
Osho - Crença, dúvida e fanatismo.
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