"Por exemplo, há
religiões que acreditam em Deus, e há religiões que não. Então,
Deus não é uma necessidade para a religião. O budismo não
acredita em Deus, o jainismo não acredita em Deus. Então, tente
entender, pois no ocidente isso é um problema. Vocês só conhecem
três religiões, todas elas baseadas no judaísmo: cristianismo,
judaísmo e islamismo, e todas as três acreditam em Deus. Vocês não
conhecem Buda – ele nunca acreditou em Deus. Isso me faz lembrar de
uma declaração de H.G. Wells a respeito de Gautama Buda. Ele disse:
“Ele é a pessoa mais ateia, mas a mais divina”. Uma pessoa ateia
e divina? Você acha que há alguma contradição nisso? Não há contradição . Buda nunca acreditou em Deus, não tinha necessidade
disso. Ele era tao plenamente preenchido que o seu total
preenchimento se tornou uma fragrância em torno dele. Mahavira nunca
acreditou em Deus, mas sua vida foi tão divina quanto poderia ser.
(…) Deus é uma ficção, mas o divino não é uma ficção, é uma
qualidade. “Deus” é uma pessoa – como uma pessoa, é uma
ficção; não há nenhum Deus sentado no céu criando o mundo. (...)
mas as ficções – e as velhas tradições, repetidas milhões de
vezes – acabam assumindo uma realidade própria. (…) Em três mil
anos o homem lutou cinco mil guerras. Isso é uma criação de Deus?
Que tipos de ficções tolas podem se tornar realidade quando você
começa a acreditar nelas?"
Osho- Crença, dúvida e fanatismo.
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