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TAO
Texto da Autoria de Wu Jyh Cherng, Sacerdote Taoísta e Presidente da Sociedade Taoísta do Brasil.
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O ideograma chinês Tao, que literalmente traduzido significa caminho, exprime o conceito filosófico de Absoluto. Este conceito traz a idéia de origem, princípio e essência de todas as coisas.
O Absoluto está além do tempo, do espaço e das linguagens. Sendo assim, não pode ser expresso, pois todas as expressões dependem de uma linguagem e de uma referência de tempo e espaço. Da mesma forma que não é possível usar uma régua para medir algo que está além das medidas, também não se pode utilizar a linguagem para descrever algo que está além da linguagem. Ou seja, não é possível usar conceitos ou ferramentas do mundo finito para definir algo que é o próprio infinito. Por isso, Lao Zi diz, no Tao Te Ching: “O caminho que pode ser expresso não é o Caminho constante”.
Todas as linguagens – imagens, símbolos, palavras, idéias, pensamentos, sentimentos, emoções, etc. – são manifestações posteriores à criação do universo. Todas essas manifestações correspondem a formas passageiras, temporárias e impermanentes. Os valores atribuídos às coisas mudam conforme o tempo e o destino. O que hoje é valorizado, considerado nobre, bonito e inovador, amanhã certamente não será mais. Do mesmo modo, um caminho feito numa determinada época, que está sendo seguido hoje, amanhã poderá não ser mais. Então, um caminho que possa ser expresso através da forma não é eterno, não é o Caminho constante.
Nenhuma palavra pode enquadrar a real natureza do Tao. “O nome que pode ser enunciado não é o Nome constante”, ou seja: o Absoluto está além das linguagens. Apesar disso, para que possamos compreender racionalmente a experiência de um mestre que vive na condição Absoluta de ser, torna-se necessário a utilização de nomes, de palavras. Em outra obra de sua autoria – o Tratado da Transparência e da Qualidade Permanente – Lao Zi reforça essa idéia: “O Grande Caminho não tem nome, não tem emoção, não tem forma. Eu não sei seu nome, mas me esforçando, atribuo a ele um nome, chamando-o de Caminho.”
Um caminho só tem sentido e efeito reais quando existem três elementos atuando simultaneamente: o caminhante, o caminho e o ato de caminhar. Um caminho que existe, porém não é trilhado, não tem utilidade. Da mesma forma, caso exista o caminhante, mas não exista o caminho, o caminhante não saberá por onde caminhar. Finalmente, caso exista caminho e caminhante, ainda assim, dependemos de um terceiro elemento: o acto de caminhar. Ou seja, a condição Absoluta de ser só pode ser encontrada através de experiência pessoal; o Absoluto existe somente quando nos integramos a ele. Assim, você pode até compreender racionalmente que existe uma condição anterior ao céu e à terra, fonte criadora de todas as coisas; porém, caso você não a vivencie através da prática de um caminho, ela não existirá para você. Um caminho espiritual precisa ser praticado para que possa ocorrer a realização pessoal do praticante. Por isso, Lao Zi escolheu o termo “caminho” para representar o Absoluto.
Esse caminho é o Caminho do Infinito, ou seja, um caminho que nunca termina. Apesar de um taoísta nunca alcançar a meta final, o próprio fato de estar trilhando um caminho que não termina significa que está vivendo o Caminho do Infinito, ou seja, significa que alcançou seu objetivo espiritual. No Taoísmo, você nunca considera que chegou no final da linha, que sua realização espiritual está terminada. Caso contrário, o caminho trilhado não seria o Caminho Constante.
Pensando a linguagem como palavras, esse Caminho – que está além dela – se compara com o silêncio, com a ausência de palavras. Considerando como linguagem os pensamentos, idéias, intenções, visualizações, formas e símbolos, o além da linguagem seria a própria quietude. Esta quietude não deve ser compreendida como ausência de todas as coisas, mas como algo anterior que permite que todas as coisas se manifestem de maneira natural e espontânea. Ou seja, o Caminho é o próprio silêncio, a quietude e o vazio que está por trás e que coexiste com todos os ruídos, manifestações e formas da existência.
Sendo assim, para que possamos encontrar o Caminho, precisamos encontrar o silêncio e a quietude interior, precisamos resgatar uma condição de transparência em relação ao ambiente externo. Não importa em que condição se encontre o ambiente – se é ruidoso, barulhento e agitado, ou um local tranqüilo – não importa onde você esteja ou o que ocorra, o silêncio e a quietude interior devem permanecer inalterados, independente de qualquer fator externo. Para alcançarmos esse verdadeiro silêncio e quietude interior, precisamos possuir um certo grau de tranqüilidade, precisamos estar nos sentindo bem. É impossível alguém encontrar um caminho interior de paz e tranqüilidade se estiver remoendo algum sentimento no seu interior.
No mesmo tratado, em capítulos posteriores, Lao Zi menciona muitas vezes a expressão “ausência de remorso”. Ausência de remorso é exatamente ter paz e tranqüilidade interior. Trata-se de reconhecer de maneira sincera e honesta que, dentro do possível, apesar de todas nossas limitações, é possível se aperfeiçoar e melhorar a vida quotidiana, sempre buscando realizar o melhor para si próprio e para as outras pessoas.
O taoísmo não acredita no discurso de algumas pessoas que afirmam: “Todos estão no meu interior; basta que eu faça por mim, para estar fazendo por todos”. Um caminho espiritual não é um caminho onde se busca benefício exclusivamente pessoal, onde o mundo deixa de ter importância. Por isso, a sinceridade interior é essencial para podermos alcançar o estágio de ausência de remorso. Sinceridade significa fidelidade, lealdade e honestidade, consigo próprio e com os outros.
Então, para retornamos ao Tao, ao Absoluto, temos que primeiro recuperar o nosso bem estar e a nossa paz interior. A partir desta condição, podemos encontrar o silêncio e a quietude interior, abandonando uma identidade egóica e trilhando um caminho que está além da forma e das linguagens. E, ao trilhar este caminho, integrando-o a nossa vida diária, vamos nos unindo ao Tao.
Hinduísmo e Cristianismo
"Segundo o Cristianismo, Deus disse que todos os seus descendentes, pelo resto da história da humanidade, nasceriam pecadores. Isto significa que, na visão judaico-cristã, nenhuma criança nascida no planeta é divina. Porque algum ancestral antigo cometeu um pecado contra Deus, desobedeceu as instruções de Deus. na visão cristã, mesmo que se um pequeno bebê morrer, aquele bebê não pode encontrar o paraíso, não pode ir para o melhor lugar do pós-vida, por causa do pecado de Adão e Eva. É por isto que os Cristãos são fanáticos por batizar os bebês o mais cedo possível.
Mas, basicamente porque o Cristianismo é um sistema que veio do Judaísmo, onde o sacrifício de animais era uma forma de apaziguar um Deus irado, a única compreensão do povo daquela época para agradar ao grande juiz no céu, era sacrificar e matar por ele. O único jeito que Deus poderia ser agradado após um pecado ser cometido era sendo realizado o sacrifício de um animal. Agora, o que poderia purificá-las não de um pecado pequeno, mas do pecado original, o maior pecado, o pecado de Adão e Eva? Apenas se Deus em pessoa descesse e fosse sacrificado. Este seria um gesto grande o suficiente para limpar o pecado original. É daí que a história de Jesus veio.
Jesus nasceu de uma virgem, portanto não fez parte do pecado original, o sexo não o criou, ele é o único filho de Deus Todo Poderoso. Quando Jesus sofreu e morreu, quando ele foi crucificado, ele colocou a coroa de espinhos, ele foi açoitado pelos soltados romanos, foi algo dramático para as pessoas testemunharem.
Para alguém poder se intitular Cristão, ela tem que admitir duas coisas fundamentais: primeiro esta pessoa tem que admitir que o pecado original existe, que todo ser humano no planeta Terra é, por padrão, um pecador, porque viemos do pecado. A segunda coisa que a pessoa tem que admitir para ser Cristão é que Jesus Cristo nasceu, sofreu e morreu por eles. Para se tornar um Cristão, você tem que dizer 'eu sou um pecador, e Deus encarnou sofreu e morreu por mim'. O que isto cria na psicologia humana, é primeiro um sentimento de profunda inadequação, e em segundo lugar, um sentimento de profunda culpa. Eu me sentia muito envergonhada, de que Deus teve que nascer em um mundo onde as pessoas o maltrataram, que Deus teve que morrer, ser torturado, e que isto era minha culpa. A fé Cristã ensina que Deus morreu por você, para te livrar daquele pecado.
Agora os missionários Cristãos dizem às pessoas que trazem as 'Boas Novas'. Esta é a grande nova que eles estão trazendo! A 'Boa Nova' é esta: você é um pecador, mas não se preocupe, contanto que você admita que Deus existiu somente uma vez, e nunca existiu de novo exceto naquela única forma, e aquela única forma sofreu e morreu para te limpar do pecado, você vai para o céu quando morrer. Esta é a grande notícia que estão revelando para as pessoas.
A meta final do cristianismo é ter seu pecado perdoado e ir para o céu. O objetivo final do Hinduísmo é descobrir sua divindade intrínseca, e se tornar UM com a Consciência Cósmica, que é inteligencia, Divindade, alegria, e energia em um grau incrível, e em constante expansão.
A visão Hindu é esta: todo ser humano é uma fagulha da consciência Divina emanada da consciência Cósmica. Somos todos Deus, somos todos parte deste OM, deste som primordial, somos as crianças divinas do Cosmos. E somos amados pelo Cosmos. Todos temos a energia, todo o poder toda o 'Shakti', toda a Divindade, todo conhecimento e sabedoria disponíveis para nós, mesmo nesta vida, não somente depois que morrermos e formos para algum paraíso, mas aqui e agora.
Mesmo que estejamos fisicamente encarnados em um corpo de carne e osso, se escolhermos superar as limitações humanas, como a necessidade de comer, a necessidade de dormir, a necessidade por sexo, a necessidade por qualquer outra coisa, existem certas práticas que podemos fazer, que foram reveladas pelo Hinduísmo, e que podem levar além disso. O Hinduísmo acredita que somos todos Divinos.
O Hinduísmo é também a única tradição religiosa no planeta Terra que aceita a possibilidade e a realidade de todos os Deuses e Deusas. Todo indivíduo que se proclama Hinduísta tem o direito de adorar qualquer Deus que escolherem, da forma que escolherem.
Pessoas ignorantes não são consideradas pecadoras, mesmo pessoas que estão fazendo coisas ruins, mesmo pessoas que estão fazendo mal às outras, é entendido que um dia em algum ponto algo será despertado dentro delas, elas irão perceber a futilidade de sua negatividade, e começarão a praticar, não o desenvolvimento da fé, mas o entendimento experienciado.
No Cristianismo, existem tantas limitações, o que se deve ou não fazer para ser aceito aos olhos de Deus, alguém homossexual é considerado um pecador, e nós sabemos o que acontece para estas pessoas que nasceram com uma preferência diferente, nas mãos dos cristãos fundamentalistas. No Hinduísmo, diferentes gêneros são descritos e todos têm lugar na sociedade védica, ninguém é discriminado.
No Cristianismo, é um pecado adorar outro Deus que não seja o Deus que a Bíblia proclama. Porque Deus é, em suas próprias palavras, um Deus 'ciumento', um Deus 'vingativo', um Deus 'julgador'. No Hinduísmo, nenhum Deus é ciumento. No Cristianismo, Deus veio à Terra somente uma vez, em forma de um homem. No Hinduísmo, Deus vem à Terra de novo e de novo e de novo, sempre que há sofrimento prevalecendo sobre o planeta Terra, sempre que as pessoas estão caindo na ignorância, e perdendo seu caminho de volta à unicidade. Deus volta de novo e de novo, para elevá-los a um grau maior de consciência."
Mantra of Avalokitesvara
Namo Ratna Trayaya,
Namo Arya Jnana
Sagara, Vairochana,
Byuhara Jaya Tathagataya,
Arahate, Samyaksam Buddhaya,
Namo Sarwa Tathagate Bhyay,
Arahata Bhyah,
Samyaksam Buddhe Bhyah,
Namo Arya Avalokite
Shoraya Bodhisattvaya,
Maha Sattvaya,
Maha Karunikaya,
Tadyata, Om Dara Dara,
Diri Diri, Duru Duru
Itte We, Itte Chale Chale,
Purachale Purachale,
Kusume Kusuma Wa Re,
Ili Milli, Chiti Jvalam, Apanaye Shoha
Mahamrityunjaya Mantra
Mahamrityunjaya Mantra (maha-mrityun-jaya) é um dos mais potentes dos mantras do sânscrito antigo. Maha mrityunjaya é um chamado para a iluminação e é a prática de purificação dos karmas da alma em um nível profundo. Também é dito ser muito benéfico para a saúde mental, emocional e física.
Om Tryambakam Yajamahe
Sugandhim Pushtivardhanam
Urvarukamiva Bandhanan
Mrityor Mukshiya Maamritat
Sugandhim Pushtivardhanam
Urvarukamiva Bandhanan
Mrityor Mukshiya Maamritat
We Meditate on the Three-eyed reality
Which permeates and nourishes all like a fragrance.
May we be liberated from death for the sake of immortality, Even as the cucumber is severed from bondage to the creeper.
Which permeates and nourishes all like a fragrance.
May we be liberated from death for the sake of immortality, Even as the cucumber is severed from bondage to the creeper.
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