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Vertentes do Budismo

A primeira grande divisão dos praticantes budistas na Índia aconteceu cerca de 100 anos depois da morte de Buda (entre 500 e 400 A.C.), quando houve divergências sobre a doutrina.
Criou-se um grupo denominado “Sthavira” (sânscrito: “ensinamento dos mais velhos”; em pali, a palavra correspondente é “Theravada”) e o grupo “Mahāsāṃghika” (“grande sangha”, já que eram a maioria).

Theravada


Monges Theravada
A atual escola Theravada descende diretamente do primeiro grupo da divisão citada. É a escola budista mais antiga entre as existentes, cuja prática é bem próxima do budismo inicial.
A linha Theravada predomina no Sri Lanka e boa parte do Sudeste Asiático (Camboja, Laos, Birmânia e Tailândia), além de estar presente também em países como Vietnã, China, Malásia e Indonésia.

Mahayana


Borobudur, Indonésia – Os monumentos pontiagudos chamados de “estupas” estariam intimamente ligadas ao advento Mahayana
Denomina-se Mahayana o tipo de budismo que se espalhou da Índia para países como China, Japão, Coréia, Tibete, Vietnam, entre outros. Essa escola teria se originado do grupo Mahāsāṃghika da primeira divisão.
Como peculiaridades, havia maior reverência e louvor a diversos budas e bodisatvas, além do estudo de escrituras adicionais: os sutras Mahayana.
O termo “mahayana”, que começou a ser usado aproximadamente em 100 A.C, é um sinônimo para “bodhisattvayana”, o caminho da busca da iluminação para o benefício de todos os seres.



Escolas Mahayana

Praticantes Mahayana deram origem a diversas sub-escolas, cujas principais são:

Amitabha, ou Amida (como é chamado no Japão)
Terra Pura - Originou-se na Índia, sendo que os registros mais antigos datam do século 2. O foco é a devoção ao buda Amitabha. Atualmente, essa é uma das escolas budistas com mais adeptos em países como Japão, China e Coréia.

Mandala
Vajrayana - Surgiu ainda na Índia, provavelmente por volta do século 4. Cada escritura é denominada “tantra”, vindo daí o termo “tantrayana”, ou budismo tântrico. Entre os traços característicos, estão a utilização de mantras e rituais elaborados. No Tibete, essa linha se tornou predominante. Também se difundiu na China e Japão.

O fundador do Zen japonês, Dogen
Zen - Surgiu na China, como budismo Chan, tendo se disseminado depois para Japão, Coréia e Vietnam. A ênfase dessa escola é a experiência pessoal em meditação, e não tanto o estudo de escrituras. No Japão, o budismo Zen foi introduzido como uma escola independente no século 12.

Nichiren
Nichiren - Surgiu no Japão no século 13, com foco no estudo do Sutra do Lótus. Essa linha influenciou significativamente — e continua influenciando — a sociedade japonesa; deu origem a diversas sub-escolas e novas religiões no Japão.

Escolas contemporâneas

Escolas tradicionais deram origem a algumas linhas contemporâneas, bem representadas no Brasil:

S.N. Goenka
Vipassana - Professores de meditação que estudaram com mestres Theravada da Birmânia e Tailândia vêm difundindo a tradicional técnica de meditação budista conhecida como Vipassana, de um modo relativamente desvinculado de uma linhagem religiosa específica. Um influente expoente dessa linha é o birmanês S.N. Goenka.

Trungpa Rinpoche
Shambhala - Linhagem idealizada para a prática budista no mundo contemporâneo. Foi inaugurada por Chogyam Trungpa Rinpoche — lama tibetano que começou a ensinar amplamente no ocidente nos anos 70. Atualmente, é liderada por seu filho e herdeiro espiritual Sakyong Mipham Rinpoche.
Nova Tradição Kadampa - Foi fundada na Inglaterra, em 1991. O termo Kadampa se refere a uma linhagem originada no século 11, no Tibete. A atual escola tibetana Gelug (do Dalai Lama) é considerada a continuação da escola Kadampa. Por divergências doutrinárias, nos anos 90, houve grupos que romperam com o Dalai Lama, dando origem a novas sub-escolas; entre eles, a que se denonima “Nova Tradição Kadampa”.

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