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Crença, dúvida e fanatismo. Você acredita em Deus ?




"Eu não acredito na crença. Isso tem de ser entendido em primeiro lugar. Ninguém me pergunta: “Você acredita no sol? Você acredita na lua?” Ninguém faz essas perguntas. Já conheci milhões de pessoas, e faz trinta anos que respondo a milhares de perguntas. Ninguém me pergunta: “você acredita na rosa?” Não é necessário ; você pode ver que a rosa está ali. Só se tem de acreditar em ficções, não em fatos. Deus é maior ficção que o homem criou; por isso você tem de acreditar nele. E porque o homem teve de criar essa ficção de Deus? Deve ser alguma necessidade interna. Eu não tenho essa necessidade, e, portanto, a pergunta não existe. (…) Dessa forma, o homem vive buscando significado. Ele criou Deus como a ficção para preencher sua necessidade de significado. Sem Deus, o mundo se torna acidental. (…) 

Não posso dizer “Deus existe” e não posso dizer “Deus não existe”. Para mim, a pergunta é irrelevante. É um fenômeno fictício. Meu trabalho é totalmente diferente. (…) Qual o significado de uma rosa ou de uma nuvem flutuando no céu? Elas não tem significado, mas existe nelas uma imensa beleza. Não há significado – o rio continua fluindo. Mas há tanto júbilo nisso que o significado não é necessário! E a menos que uma pessoa seja capaz de viver sem pedir significado, momento a momento, com beleza, com felicidade, por nenhuma razão… Basta respirar! Por que você deve perguntar? E para quê? Por que você faz da vida um negócio?

O amor não é suficiente? Você tem de perguntar qual é o significado do amor? E, se não há significado no amor, então é claro que a sua vida se torna desprovida de amor. Você faz uma pergunta errada. O amor em si é suficiente; ele não necessita de nenhum outro significado para torná-lo belo, uma alegria. Os pássaros cantam pela manhã… qual é o significado disso? Para mim, toda a existência é desprovida de significado. E, quanto mais eu fico silente e sintonizado com a existência, mais fica claro que não há necessidade de significado. A existência é suficiente como ela é. Não crie ficções. Uma vez que você cria uma ficção, tem de criar mil e uma outras para apoiá-la, porque ela não tem apoio na realidade."

Osho - crença, dúvida e fanatismo.   

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