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Deusa Morrigan (Celta)

Deusa Morrigan ou Morrigu

Morrigan é a patrona das sacerdotisas e das bruxas.
É também a deusa celta da guerra e seu nome significa “Grande Rainha”.
Morrigan ou Morrigu, Macha e Badb formam a triplicidade conhecida como as "MORRIGHANS", as FÚRIAS da guerra na mitologia irlandesa.
Morrigan, como todas as deidades celtas está associada as forças da Natureza, ao poder sagrado da terra, o Grande Útero de onde toda a vida nasce e depois deve morrer para que a fecundidade e a criação da terra possam renovar-se.
Imaginem uma mulher extremamente alta, cabelos longos até a cintura que serviam como uma espécie de "capa" sobre os ombros, olhos penetrantes tão negros como a noite, pele branca quase translúcida e corpo de músculos bem delineados que não deixavam de revelar encantos femininos sem par e fazer qualquer um pensar nos prazeres carnais que ela poderia oferecer.
Agora não se deixem enganar por sua bela aparência, pois detrás delas há uma guerreira implacável, caçadora das mais hábeis, mestra no manuseio de qualquer arma e invencível no combate por sua força descomunal e invulnerabilidade.


Morrigan é também a Deusa da Morte, do Amor e da Guerra, que pode assumir a forma de um corvo. Nas lendas irlandesas, Morrigan é a deidade invocada antes das batalhas, como a Deusa do Destino humano. Dizia-se que quando os soldados celtas a escutavam ou a viam sobrevoando o campo de batalha, sabiam que havia chegado o momento de transcender. Então, davam o melhor de si, realizando todo o tipo de ato heroico, pois depreciavam a própria morte. Para os celtas, a morte não era um fim, mas um recomeço em um Outro Mundo, o início de um novo ciclo.
Aliás, em qualquer batalha, seja entre deuses ou mortais, lá estava ela liderando tropas com um grito de guerra tão alto quanto o de dez mil homens e plenamente armada até os dentes onde se destacava em sua indumentária de combate as duas lanças da mais pura prata que carregava nas mãos ( quando lançadas capazes de partir ao meio o avanço de um exército inimigo e destroçar em pedaços quem estivesse mais próximo ).
Compreender a morte no ponto de vista celta nos faz recusar o fato de muitos autores associarem Morríghan ao aspecto Anciã. A morte é um inicio de um novo ciclo, a entrada num novo mundo, e não somente o fim. Os Celtas não tinham esta nossa moderna visão negativa da morte. Portanto antes de Anciã, Morríghan Donzela é.
Durante a Primeira Batalha de Moytura, Morríghan, Macha e Badb, "As filhas de Ernmas", atacam os Fir Bolg com "banhos de magia e nuvens tempestuosas e névoa, e poderosas chuvas de fogo, e uma jato de sangue derramado do ar sobre as cabeças dos guerreiros inimigos", uma descrição perfeita do que se pode esperar de deusas celtas da guerra em ação. Ao assistir a fúria com que a guerra era travada, o bardo dos Fir Bolg diz que Badb, que significa corvo "ficará grata" pelos "corpos perfurados" deixados no campo de batalha.
Na véspera da Segunda Batalha de Moytura, também o rei líder dos Tuatha De Danann, Dagda, encontra Morrigan no vau do rio Unshin, lavando as armas ensanguentadas e os cadáveres dos que viriam a tombar no dia seguinte.
A Deusa então dá a Dagda informações sobre o combate, revelando seus dons proféticos. Igualmente, dá provas de coragem e poder quando afirma que ela mesma arrancará o coração do seu inimigo. Em pagamento, Dagda sacia seu apetite sexual, unindo-se a ela ali mesmo, em meio aos cadáveres que morrerão, enfatizando a íntima ligação entre a vida e a morte.
A união entre uma deusa "sombria" com Dagda, deus que traz vida e fartura, é a perfeita imagem do equilíbrio - especialmente por ocorrer no entremeio de água e terra (o vau), dia e noite (crepúsculo), ano velho e novo (Samhain). Nesse momento, Morrigan representa a Soberania da terra, e Dagda o legítimo líder que a desposa. Dessa união surge a vitória dos Tuatha Dé Danann.
Morrigan também tinha poderes mágicos como o de cegar os inimigos jogando sobre o campo de batalha uma névoa penetrante bem como também dotada do dom de mudar sua forma humana para de um corvo carniceiro, lobo ou mesmo de uma anciã de aparência bem inocente. Conhecendo bem tanto o poder curativo das ervas e raízes quanto a maneira de usa-las como um veneno mortal.
Esta em poucas palavras é a descrição de Morrigan, cujo o nome em gaélico significa ´´Grande Rainha´´, deusa celta da guerra. Ao seu lado, seguindo-a para todo lado como um séquito de uma rainha, haviam as suas não menos importantes irmãs :
Fea (chamada de ´´ a Odiosa ´´), Nemon ( conhecida também popularmente como ´´ a Venenosa ´´) , Badh (atendendendo pelo apelido sugestivo de ´´a Fúria´´ ) e Macha.
Nemon e Fea eram ambas esposas do famoso Nuada da Mão de Prata, um dos reis dos Tuatha Dé Danann (Povo da Deusa Danu) que em combate com Sreng dos Fir Bolgs (antigos habitantes da Irlanda e tribo aliada dos Fomorianos) teve a mão decepada e depois substituida por uma mão de prata feita através das incriveis habilidades de Diancecht ( deus gaélico da medicina )até ser restituida por Miach e Airmid ( filhos de Diancecht ).

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